Machado de Assis e o fim da escravidão no Brasil: uma abordagem alegórica

30/10/2011 19:02

Machado de Assis e o fim da escravidão

no Brasil: uma abordagem alegórica

Gilberto de Assis Barbosa dos SANTOS

 

RESUMO: O presente artigo objetiva compreender como Machado de Assis enxergava o fim do trabalho escravo no Brasil, processo ocorrido em 1888 e um dos acontecimentos que ajudaram a por fim à Monarquia. O trabalho analítico que pretende desvendar o olhar alegórico utilizado pelo escritor carioca para apontar que, após o fim do cativeiro, os descendentes de africanos foram lançados à própria sorte, será feito na crônica que o autor publicou no dia 16 de outubro de 1892, quatro anos após a assinatura da Lei Áurea e terá como referencial interpretativo o conceito de alegoria imperfeita, segundo a qual, o discurso permite um entendimento mais rápido por parte do leitor quanto aos objetivos do autor.

 

PALAVRAS-CHAVE: Alegoria, Escravidão, Literatura, Machado de Assis

 

ABSTRACT: The present essay has as mainly scope to undertaking aslike Machado de Assis had looked to the ending of slavery labour in Brazil, the occurred process in 1888 whichever helped to finish Monarchy system. The analytical work that attends to unveil the allegorical looking used by the carioca writer to point out that afterward the definitely  final of captivers, the Africans descendents were launched to the own fate, will be done like this in this chronicle whatever the author published on 16th of October, 1892, 4 years later the Aurea Law signature and shall have as interpretative reference the imperfect allegorical concept, according to the discursive aspect allows a quicker understanding by reader perceptions as the writer aims.

 

KEY-WORDS: Allegory; Slavery; Literature; Machado de Assis

 

Abordar um dos temas mais importantes da História do Brasil, qual seja, o fim do trabalho escravo no país, não é tarefa fácil, ainda mais quando se pretende analisar como um dos grandes escritores nacionais tratou o assunto em sua obra ficcional, aumenta o grau de dificuldade, todavia, o escopo deste trabalho é tentar compreender o “olhar” de Machado de Assis sobre os acontecimentos e, principalmente, como enxergava o destino dos escravos após o fim do cativeiro, ou seja, a certeza de que os ex-cativos comporiam o “exército industrial de reserva”, entendido aqui como uma mão-de-obra adicional supérflua ou subsidiária que, em função da sua baixa especialização, seria utilizada de tempos em tempos de acordo com as flutuações do mercado de trabalho, transformando-se em indivíduos desempregados ou semi-empregados (MARX, 1985, p. 199-200).

Como é vasta a contribuição machadiana ao universo literário, indo do teatro ao romance, passando pela poesia, pela crônica e o conto, vou restringir a investigação a uma crônica publicada no dia 16 de maio de 1892 no jornal carioca Gazeta de Notícias, quatro anos após a monarquia ter sepultado a escravidão em solo brasileiro. Para tanto, utilizo-me de uma definição de Walter Benjamin sobre o ofício de cronista, segundo a qual, esse profissional, ao narrar os acontecimentos sem distingui-los entre os grandes e os pequenos, leva em conta a verdade que nada do que um dia ocorreu pode ser considerado perdido para a história (BENJAMIN, 1994, p. 223).

Mais:

 

[...] A crônica de jornal, surgida nos antepassados do que hoje conhecemos como “segundo caderno”, sempre foi recriação de um registro subjetivo. Resultado da observação direta ou da reflexão abstrata, abriga o assunto efêmero com a mesma seriedade oferecida ao problema filosófico. Seu propósito é registrar o circunstancial sob a visão de um cronista, a fim de dar-lhe concretude e tratamento artístico. Essa marca de registro circunstancial e subjetivo é o que diferencia a crônica dos outros tipos de narrativa curta e a aproxima das manifestações autobiográficas. [...] Nessa narrativa, busca-se sempre “condensar na letra o tempo vivido”, construindo memória pessoal ou coletiva – e o seu caráter pedagógico lhe dá parentesco com a história, revigorando uma ligação verdadeira com o passado da historiografia. [...] Sendo fundamentalmente um registro da vida escoada, a crônica, a rigor, colhe a matéria principal do tempo, como discurso da História, com a peculiaridade de registrar no calor da hora. (BETELLA, 2007, p, 23-24).

 

Portanto, o texto de Machado de Assis, mesmo percorrendo o universo ficcional pode ser utilizado para entender esse importante momento da vida nacional, pois

 

[...] o poeta conta, em sua obra, não o que aconteceu e sim as coisas quais poderiam vir a acontecer, e que sejam possíveis tanto da perspectiva da verossimilhança como da necessidade. O historiador e o poeta não se distinguem por escrever em verso ou prosa; caso as obras de Heródoto fossem postas em metros, não deixaria de ser história; a diferença é que um relata os acontecimentos que de fato sucederam, enquanto o outro fala das coisas que poderiam suceder. E é por esse motivo que a poesia contém mais filosofia e circunspeção do que história; a primeira trata de coisas universais, enquanto a segunda cuida do particular. Entendo que tratar de coisas universais significa atribuir a alguém idéias e atos que, por necessidade ou verossimilhança, a natureza desse alguém exige; a poesia, desse modo, visa o universal, mesmo quando dá nomes a suas personagens. (ARISTÓTELES, 1999, p. 47).

 

            Para compreender a grandeza das observações do autor de “Capitu”, usarei como recurso interpretativo o discurso alegórico que tem como escopo fazer “uma representação concreta de uma idéia abstrata” (KOTHE, 1986, p. 90). Ou seja, a utilização de um recurso figurativo para se atingir um fim específico, mas que não pode ser apresentado de maneira direta.

Dito de outra forma: alegoria é

 

[...] exposição de um pensamento sob forma figurada em que se representa algo para indicar outra coisa. Subjacente ao seu nível majestoso, comporta um outro conteúdo. É uma metáfora continuada, como tropo de pensamento, consistindo na substituição do pensamento em causa por outro, ligado ao primeiro por uma relação de semelhança (1986, p. 90).

 

A partir da chave alegórica, o leitor terá uma

 

[...] dupla opção: analisar os procedimentos formais que produzem a significação figurada, lendo-a apenas como convenção lingüística que ornamenta um discurso próprio ou analisar a significação figurada nela pesquisando seu sentido primeiro, tido como preexistente nas coisas, nos lugares e nos acontecimentos e, assim, revelados na alegoria. Pensada como dispositivo retórico para a expressão, a alegoria faz parte de um conjunto de preceitos técnicos que regulamentam as ocasiões em que o discurso pode ser ornamentado” (HANSEN, 2006, p. 9).

           

O processo alegórico “funciona como uma metalinguagem; ela é uma glosa que se integra ao texto, existindo apenas nele, em sua literalidade. Pensá-lo assim implica ler a alegoria como convenção para o leitor” (2006, p. 42).

            Neste sentido,

 

[...] a alegoria é teorizada como forma racionalista, artificial, mecânica, árida e fria. Retoricamente, a alegoria diz b para significar a, [...], observando-se que os dois níveis (designação concretizante b e significação abstrata a) são mantidos em correlação virtualmente aberta, que admite a inclusão de novos significados. Além disso, a alegoria pode funcionar por mera transposição: o significado da designação b pode ser totalmente independente do significado da abstração a [...]. (2006, p. 15, 17). 

 

Mais:

 

[...] alegoria é uma figura de expressão que consiste “numa proposição de duplo sentido literal e um sentido espiritual, por meio do qual se apresenta um pensamento sob a imagem de um outro, destinado a torná-lo mais sensível e mais surpreendente do que se fosse apresentado diretamente e sem nenhuma espécie de véu” (MOISÉS, 2004, p. 15).

 

Neste sentido, Moisés explica que, como a narrativa é o expediente mais adequado à concretização do mundo abstrato, a aplicação do processo alegórico somente pode ocorrer por intermédio de um enredo (2004, p. 16), como no texto machadiano que está sendo analisado.

Moisés diz ainda que o conceito alegórico pode ser divido em duas partes:

 

[...] alegoria perfeita (tota allegoria), quando não se notam traços do pensamento implícito; e a imperfeita (permixta apertis allegoria ou allegoria imperfecta), quando se encontram pistas do pensamento oculto. No primeiro caso, por ser “uma alegoria não-irônica, cujo nexo com a idéia séria em questão é particularmente opaco”, pode tornar-se obscura, gerando o enigma (2004, p. 15).

 

Para os objetivos deste texto, o conceito de alegoria imperfeita é o mais apropriado, pois a crônica machadiana diz respeito ao diálogo entre dois burros que puxam um bonde e a preocupação quanto ao futuro de ambos, já que o veículo de tração animal será substituído pelos elétricos. A conversação mantida entre os dois animais é presenciada por um passageiro que é o narrador da história.

Compreendo que o real objetivo do autor do texto é retratar os cativos que foram alforriados pela Lei Áurea publicada no dia 13 de maio de 1888, por determinação da Princesa Isabel. A ação não pode ser compreendida como uma atitude benevolente da regente, tendo em vista que a monarquia vinha sofrendo pressões do capitalismo internacional para que adotasse o trabalho assalariado, sepultando o escravismo enquanto sistema econômico.   

Na crônica publicada no jornal de Gazeta de Noticias e parte integrante da série A Semana, Machado de Assis utiliza-se de um narrador que inicia suas observações informando o leitor que não assistiu a inauguração dos bondes elétricos e em função disso, não teceu nenhum comentário sobre os mesmos nas páginas do jornal.

O narrador conta no começo da história que muitas pessoas entraram e saíram do bonde e, que a partir de um determinado trecho do percurso, antes de chegar ao ponto final, havia apenas três pessoas no interior do veículo: ele, e os dois condutores, momento em que verificou que os dois animais, que puxavam o bonde, iniciaram a conversação sobre o futuro de ambos.

 

De repente ouvi vozes estranhas; pareceu-me que eram os burros que conversavam, inclinei-me (no banco da frente); eram eles mesmos. Como eu conheço um pouco a língua dos Houyhnhnms, pelo que dela conta o famoso Gulliver, não me foi difícil apanhar o diálogo. Bem sei que cavalo não é burro; mas reconheci que a língua era a mesma. O burro fala menos, decerto; é talvez o trapista daquela grande divisão animal, mas fala. (ASSIS, 1996, p. 135-136).

 

Nesta parte da crônica, Machado de Assis faz uso de um importante recurso literário, a intertextualidade, pois se apropria da abordagem de uma outra obra para dar significado ao seu texto. Ou seja, há um intercambio entre discursos, e neste sentido, segundo Júlia Kristeva

 

[...] todo texto se constrói como mosaico de citações, todo texto é absorção e transformação de um outro texto. No lugar da noção de intersubjetividade instala-se a de intertextualidade, e a linguagem poética lê-se, pelo menos, como dupla (KRISTEVA, 1978, p. 78).

 

Retomando o assunto principal deste texto, qual seja, a alegoria como chave para se entender a visão que Machado de Assis tinha sobre o fim do trabalho servil no Brasil a partir da crônica de 16 de outubro de 1892, o narrador afirma que prestou atenção na conversa dos dois animais.

 

- Tens e não tens razão, respondia o da direita ao da esquerda.

O da esquerda:

- Desde que a tração elétrica se estenda a todos os bondes, estamos livres, parece claro.

- Claro, parece; mas entre parecer e ser, a diferença é grande. Tu não conheces a história da nossa espécie, colega; ignora a vida dos burros desde o começo do mundo. Tu nem refletes que, tendo o salvador dos homens nascido entre nós, honrando a nossa humildade com a sua, nem no dia de Natal escapamos da pancadaria cristã. Quem nos poupa o dia, vinga-se no dia seguinte.

- Que tem isso com a liberdade?

- Vejo, redargüiu melancolicamente o burro da direita, vejo que há muito de homem nessa cabeça. (ASSIS, 1996, p. 136).

 

O que se pode aferir deste trecho? Transpondo o universo animal e trocando as duas personagens pelos seres humanos, não há como desconsiderar o fato de que o diálogo ocorre entre dois cativos que conversam sobre o estatuto da escravidão e, de quebra, sobre o fato dos proprietários dos escravos serem cristãos, todavia, não observarem os dogmas dessa religião, pois açoitam e vilipendiam homens como eles, porém em condições sociais inferiores.

Neste sentido, cabe observar que Machado utiliza-se dos burros para fazer comentários sobre a conduta humana e os seus paradoxos, pois, se de um lado professam uma religião milenar que tem vários preceitos, inclusive o de tratar o outro como seu semelhante, do outro, não praticam esses princípios básicos, lidando com os cativos como se os mesmos fossem bestas.

Na seqüência da conversação entre os dois animais – “escravos” – há a apresentação dos instrumentos utilizados para fazer os burros conduzirem os bondes, já que um deles recebe pancada no lombo, o que permitir uma transposição para os objetos usados pelos escravagistas para castigarem os escravos e manterem a disciplina em seus redutos.

 

[...]         

Justamente. Aqui acho razão ao homem. Burro magro não tem força; mas levando pancada, puxa. Sabes o que a diretoria mandou dizer ao antigo gerente Shannon? Mandou isto: “Engorde os burros, dê-lhes de comer, muito capim, muito feno, traga-os fartos, para que eles se afeiçoem ao serviço; oportunamente mudaremos de política, [...]” (ASSIS, 1996, p. 136).

 

Na seqüência do diálogo encontram-se, a meu ver, as intenções de Machado de Assis ao escrever essa crônica. Um dos animais informa ao seu interlocutor que a mudança na política da empresa seria a aposentadoria dos bondes de tração animal, sendo substituídos pelos elétricos.

 

- Disso não me queixo eu. Sou de poucos comeres; e quando menos trabalho, é quando estou repleto. Mas que tem capim com a nossa liberdade, depois do bonde elétrico?

- O bonde elétrico apenas nos fará mudar de senhor.

- De que modo?

- Nós somos bens da companhia. Quando tudo andar por arames, não somos já precisos, vendem-nos. Passamos naturalmente às carroças.

- Pela burra de Balaão! exclamou o burro da esquerda. Nenhuma aposentadoria? nenhum prêmio? Nenhum sinal de gratificação? Oh! mas onde está a justiça deste mundo?

- Passaremos às carroças – continuou o outro pacificamente – onde a nossa vida será um pouco melhor; não que nos falte pancada, mas o dono de um só burro sabe mais o que ele lhe custou. Um dia, a velhice, a lazeira, qualquer coisa que nos torne incapaz, restituir-nos-á a liberdade (ASSIS, 1996, p. 136-137).

 

Parece-me que através deste diálogo, o autor do texto quer afirmar que, com a abolição e mesmo depois da Lei do Sexagenário, muitos escravos, após anos de cativeiro, foram colocados na rua, sem uma aposentadoria, sem nenhuma gratificação pelo tempo de trabalho forçado, nem mesmo por determinação de quem os tornou livre da sanha de senhores empedernidos. E em função disso passaram a viver da migalha alheia ou da benevolência de algum transeunte ou de pequenos serviços, engrossando dessa forma, o contingente de subempregados que pululavam as ruas das grandes cidades, como o Rio de Janeiro em fins do século XIX.

Na seqüência o animal – “escravo” - acrescenta ao discurso:

 

- Ficaremos soltos, na rua, por pouco tempo, arrancando alguma erva que aí deixem crescer para recreio da vista. Mas que valem duas dentadas de erva, que nem sempre é viçosa? Enfraqueceremos; a idade ou a lazeira ir-nos-á matando, até que, para usar esta metáfora humana, - esticaremos a canela. Então teremos a liberdade de apodrecer. Ao fim de três dias, a vizinhança começa a notar que o burro cheira mal; conversação e queixumes. No quarto dia, um vizinho, mais atrevido, corre aos jornais, contra o fato e pede uma reclamação. No quinto dia sai a reclamação imprensa. No sexto dia, aparece um agente, verifica a exatidão da notícia; no sétimo, chega uma carroça, puxada por outro burro, e leva o cadáver. (ASSIS, 1996, p. 137).

 

A conversação entre os dois burros é instigante, pois permite compreender a visão que o próprio Machado tinha quanto ao futuro dos ex-escravos, ou seja, não havia esperança alguma para os ex-cativos. Isso fica claro quando um dos interlocutores afirma que

 

[...] a esperança é própria das espécies fracas, como o homem e o gafanhoto; o burro distingue-se pela fortaleza sem par. A nossa raça é essencialmente filosófica. Ao homem que anda sobre dois pés, e provavelmente à águia, que voa alto, cabe a ciência da astronomia. Nós nunca seremos astrônomos; mas a filosofia é nossa. Todas as tentativas humanas a este respeito são perfeitas quimeras. Cada século... (ASSIS, 1996, p. 137).

 

Neste trecho, o autor ironiza o comportamento humano por se achar acima dos demais, por ter um posicionamento social e fazer parte de certos círculos, o que o diferencia e o faz um ente social superior. Essa observação demonstra a visão crítica que Machado tinha da sociedade e dos seres humanos, todavia, demonstra isso de forma cifrada, deixando o seu entendimento para poucos.

De acordo com Antonio Candido, sob o autor de Dom Casmurro, que respeitava para ser respeitado,

 

[...] funcionava um escritor poderoso e atormentado que recobria os seus livros com a cutícula do respeito humano e das boas maneiras para poder, debaixo dela, desmascarar, investigar, experimentar, descobrir o mundo da alma, rir da sociedade, expor algumas das componentes mais esquisitas da personalidade. Na razão inversa da sua prosa elegante e discreta, do seu tom humorístico e ao mesmo tempo acadêmico, avultam para o leitor atento as mais desmedidas surpresas” (SOUZA, 1995, p. 20-21).

 

Enfim, passear pelas páginas escritas por Machado de Assis, sejam elas para o teatro ou nas crônicas jornalísticas, contos, romances e poesias, é, parece-me, percorrer a História do Brasil, principalmente em seus momentos marcantes como a passagem da Monarquia para a República e todos os acontecimentos que culminaram com o fim do trono brasileiro.

 

BIBLIOGRAFIA

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11. SANTOS, Gilberto de Assis Barbosa dos. Processos alegóricos na obra de Machado de Assis: ocorrências no conto “Um apólogo”. (Disponível no site www.portrasdasletras.com.br – acessado em 27/08/2009).

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